quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Os encontros na horta
Em julho de 2007, numa manhã de sábado, eu e Artur descemos no final do ônibus 4107. Estavamos indo ao encontro de um tal de Sr. Timóteo, que junto com outros companheiros, tinha implantado uma horta comunitária... Fomos sem muitas pretensões, para ouvir, pisar e sentir esse novo chão. Estávamos lá como Grupo Aroeira, nascido a alguns meses antes, da inquitação e esperança de alguns estudantes desajuizados da UFMG que buscavam o ato mais que subversivo de dialogar verdadeiramente com outras formas de saber. Desde então, já se vão quase dois anos de inúmeros encontros, descobertas, oficinas, xaropes, sabonetes, pomadas, curas, lágrimas, suor e muita, muita couve. Nossos sábados nunca mais foram os mesmos. O Cafezal, num ato de sacrilégio, pisou lá dentro da universidade, pela voz e pelo corpo de Sr. Timóteo, para o qual estavam voltadas todos os olhares e mentes daqueles que o escutavam. Este documentário também é fruto daquele primeiro encontro em 2007. A horta se alastrou, e gerou frutos bem longe, bem mais longe de onde as mãos de Sr. Durval alcançam. É o Viço da Terra que revela o Viço dos Homens.
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Ficou marcado e registrado através das imagens que captamos com os 4 personagens do curta "VIÇO DA TERRA, a profunda relação que se estabeleceu entre essa rica e bela cultura popular e a academia que representa as tardes de encontro do grupo AROEIRA. Através do respeito mútuo e da certeza da importância e relevância que cada uma dessas força exerce em nossa sociedade, o trabalho do grupo é extremamente gratificante, me vem um sentimento de altruísmo e crença na humanidade... Está aí um grande exemplo no qual todos universitários devem mirar, afinal do que vale tanto conhecimento se este não vem de encontro à forma maleável da vida cotidiana? Sem essa relação, o conhecimento é algo enrigecido, inútil, vazio.
ResponderExcluirOs senhores Timóteo, Dorvalino, Itamar e João Pereira trazem no olhar o carinho que o grupo Aroeira cultivou, colocando a mão na massa e sendo mais um elo que se fortifica nessa corrente... nessa luta. Eu me disponho a participar desses encontros, a cada contato com o grupo há uma elevação na noção do que é ser humano.